Domingo da Divina Misericórdia – Ano A

Leitura da Primeira Epístola de São Pedro (1 Ped 1,3-9)

Ideia principal: A identificação com Cristo – nomeadamente com a sua entrega por amor ao Pai e aos homens – conduzirá à ressurreição, e essa é a razão da nossa esperança.

– Na tradição da Igreja, este domingo, que encerra a Oitava da Páscoa, chama-se in albis. Porquê? Porque aqueles que recebem o Batismo na Vigília Pascal, são revestidos com uma veste branca (alba, em latim, significa branca) símbolo da sua nova condição, e, noutros tempos, usavam-na até ao domingo seguinte. No Jubileu do Ano 2000, São João Paulo II, instituiu neste domingo a Festa da Divina Misericórdia.

– Em todos os domingos do Tempo Pascal vamos, neste Ano A, ler trechos da 1ª Carta de São Pedro, dirigida aos cristãos dos finais do primeiro século das cinco províncias romanas da Ásia Menor (cf. 1 Pe 1,1). O autor da Carta – não é o Apóstolo Pedro – exorta os cristãos daquelas comunidades, gente rural e pobres, a olhar Cristo Crucificado e a viverem na esperança, no amor e na alegria, em coerência com a sua fé.

– A Ressurreição de Jesus tem implicações existenciais na vida do cristão: pela união com o Ressuscitado ressuscita para uma vida nova, “para uma esperança viva”. O objeto dessa esperança é o Céu, que não é uma alienação: tem existência real e está ao seu alcance. Para o alcançar é preciso que se assuma como instrumento da Divina Misericórdia no compromisso com o bem-estar espiritual e material dos irmãos.

Rezar a Palavra e contemplar o Mistério

Jesus Misericordioso, pela Palavra hoje proclamada, pela qual desejo orientar a minha vida, recordas-me que, pelo batismo, ressuscitei conTigo para uma vida nova, uma vida teologal, vida de fé, esperança e amor. Ajuda-me, Senhor, a ser coerente: a viver, como Tu, na obediência ao Pai e na entrega aos irmãos e a experimentar nisso uma alegria inefável. Jesus, eu confio em Ti! Amem.

LEITURA II – 1 Ped 1,3-9

Bendito seja Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo,
que, na sua grande misericórdia, nos fez renascer,
pela ressurreição de Jesus Cristo de entre os mortos,
para uma esperança viva, para uma herança que não se corrompe,
nem se mancha, nem desaparece, reservada nos Céus para vós
que pelo poder de Deus sois guardados, mediante a fé,
para a salvação que se vai revelar nos últimos tempos.
Isto vos enche de alegria, embora vos seja preciso ainda, por pouco tempo,
passar por diversas provações,
para que a prova a que é submetida a vossa fé
– muito mais preciosa que o ouro perecível, que se prova pelo fogo –
seja digna de louvor, glória e honra, quando Jesus Cristo Se manifestar.
Sem O terdes visto, vós O amais; sem O ver ainda, acreditais n’Ele.
E isto é para vós fonte de uma alegria inefável e gloriosa,
porque conseguis o fim da vossa fé, a salvação das vossas almas.