Leitura da Epístola de São Paulo aos Romanos (Rom 14, 7-9)
Ideia principal: Há algo de fundamental que une os discípulos de Jesus: Ele próprio, Jesus Cristo, o Senhor. As diferenças são irrelevantes face a pertença Àquele que faz a comunhão.
– Os cristãos de Roma estavam divididos em dois grupos: os “fortes” e os “débeis”. Os “fortes”, seriam hoje os “progressistas”, libertos dos tradicionalismos bolorentos, tinham a pretensão de viver só do Evangelho; os “fracos”, assim considerados pelos autodenominados “fortes”, são hoje os “conservadores”, para quem a tradição e os ritos são coisas sagradas. Estes dois grupos viviam em confronto, o que leva Paulo a intervir.
– Como resolver as divergências de opinião entre os membros de uma comunidade? Eis um tema sempre atual… Paulo, nos versículos que se omitiram desta perícopa (Rom 14,1-12), propõe duas regras: o respeito pelo outro, evitando a intolerância e o desprezo. Os “fortes” devem respeitar a sensibilidade dos “fracos” e estes, abster-se de julgar os “fortes”. Todos se devem empenhar em cultivar a fraternidade.
– Afinal, Cristo a todos conquistou pela Sua Morte e Ressurreição; ficámos a pertencer-Lhe pelo batismo, que não é um mero rito, mas o entrar numa comunhão de vida com Ele, para morrer e viver com Ele. Por isso, na sua relação com os irmãos, o cristão, não se deve deixar conduzir por considerações humanas, nem pelos seus interesses; antes deverá ter sempre presente que ele não vive para si mesmo, mas para o Senhor.
Rezar a Palavra e contemplar o Mistério
Senhor Jesus, perdão pela intolerância, pelas discussões intermináveis, pela recusa da diversidade, atitudes que desfiguram a tua Igreja. Perdão, perdão, perdão! Não permitas, Senhor, que perante as divisões – chagas abertas no Teu corpo que é a Igreja, minha Mãe – jamais me deixe levar por ódios, iras e rancores. Faz-me perceber a única coisa importante: a comunhão de vida com Cristo, a quem todos pertencemos. Amem.
LEITURA II – Rom 14, 7-9
Irmãos:
Nenhum de nós vive para si mesmo
e nenhum de nós morre para si mesmo.
Se vivemos, vivemos para o Senhor,
e se morremos, morremos para o Senhor.
Portanto, quer vivamos quer morramos,
pertencemos ao Senhor.
Na verdade, Cristo morreu e ressuscitou
para ser o Senhor dos vivos e dos mortos.