Segundo Domingo do Advento – Ano C

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Filipenses (Filip 1,4–6.8-11)

Ideia principal: O sentido da espera e o dever da esperança, foram os temas do 1º Domingo do Advento. Hoje, a Palavra convida-nos… a “ver”! Paulo fala do “discernimento” para “distinguir o que é melhor”.

– Paulo afeiçoou-se aos cristãos de Filipos e estes amam Paulo. Preso, provavelmente em Éfeso, os filipenses, por Epafrodito, enviam a Paulo o necessário. No regresso a Filipos, Epafrodito é portador de uma afectuosa carta, na qual Paulo agradece, dá notícias e os exorta à fidelidade. No início da carta, de onde é extraído o excerto que lemos, Paulo agradece a fidelidade e o compromisso apostólico dos Filipenses.

– A preparação efectiva – com frutos de santidade – mas de forma gradual, tendo em vista “o dia de Cristo Jesus”, isto é, a Sua segunda vinda, o Seu advento escatológico, é uma das dimensões da espiritualidade do Advento. São Paulo quer que a espera da vinda de Cristo sirva de estímulo para crescer no amor de Deus: “que a vossa caridade cresça cada vez mais”, a fim de se tornarem “puros e irrepreensíveis”.

– Paulo fala de “discernimento” para poder “distinguir o que é melhor”, o que supõe um olhar convertido. Trata-se, para os filipenses e para nós, de discernir o essencial, pondo de lado doutrinas vãs e evitando as discussões intermináveis e fúteis. Ou seja, ir ao essencial, à substância da vida cristã que é o amor fraterno. O amor, e só o amor, representa a verdade última, face à qual todas as outras verdades são segundas.

Rezar a Palavra e contemplar o Mistério
Senhor Jesus, que mandaste aos Teus discípulos “Ide e anunciai”. Os filipenses, desde o primeiro dia, tomaram parte na causa do Evangelho, já que proposta de Jesus e a Sua salvação é para todos os povos da terra. Senhor, dá-me mais e mais o sentido da missão: faz de mim um discípulo missionário! Partilhe eu a ternura de Paulo por todos aqueles que anunciam o Evangelho da alegria. Amem.

LEITURA II – Filip 1,4-6.8-11
Irmãos:

Em todas as minhas orações,
peço sempre com alegria por todos vós,
recordando-me da parte que tomastes na causa do Evangelho,
desde o primeiro dia até ao presente.
Tenho plena confiança
de que Aquele que começou em vós tão boa obra
há-de levá-la a bom termo até ao dia de Cristo Jesus.
Deus é testemunha
de que vos amo a todos no coração de Cristo Jesus.
Por isso Lhe peço que a vossa caridade
cresça cada vez mais em ciência e discernimento,
para que possais distinguir o que é melhor
e vos torneis puros e irrepreensíveis para o dia de Cristo,
na plenitude dos frutos de justiça
que se obtêm por Jesus Cristo,
para louvor e glória de Deus.