Domingo XXI do Tempo Comum – Ano C

 Leitura da Epístola aos Hebreus (Heb 12,5-7.11-13)

Ideia principal: A Salvação é um dom que Deus oferece a todos, sem exceção; alcança-o quem se deixa educar e corrigir por Deus, aprendendo as fazer as opções certas que permitem o acesso ao reino.

– Os versículos da Carta aos Hebreus lidos hoje vêm no seguimento daqueles que escutámos no passado domingo. No final da Carta (13,22), o próprio autor a considera uma homilia exortativa… “Rogo-vos que recebais bem estas palavras de exortação”. Na verdade, o texto proposto é um forte apelo à perseverança nas tribulações. O perigo da apostasia espreita os “hebreus”, daí esta exortação à constância na fé.

– Com uma citação do Livro dos Provérbios (Prov 3, 11-12), o autor convida os cristãos a aceitar as circunstâncias difíceis da vida como correções e repreensões de Deus, Pai e quer o melhor bem para os Seus filhos. Essas dificuldades não provêm de Deus; porém, Ele serve-Se delas para nos educar na generosidade, a uma maior sensibilidade ao sofrimento alheio e a não ser complacentes com o egoísmo.

– Ou seja: a provação nunca é agradável; porém, quando enfrentada com coragem apoiada na fé, robustece “os joelhos vacilantes” para que dirijamos “os nossos passos por caminhos direitos”. Não é correto concluir que Deus é Pai porque castiga os Seus filhos… Antes: é Pai Bom também quando permite a provação. Está subjacente a imagem de Jesus, o Filho, “que aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu” (Heb 5, 9).

Rezar a Palavra e contemplar o Mistério

Ó Deus, Pai Bom! Por Jesus, Filho obediente também no sofrimento, abriste-me as portas da Salvação, da felicidade sem fim. Consiga eu entrar por essa porta, renunciando a este jeito de viver que me incapacita de seguir Jesus no Seu caminho de amor e de entrega. Como poderei aprender se Tu, Pai Bom, mo não ensinares? Educa-me, corrige-me!!! Veja eu nas provações sinais da Tua presença e do Teu amor. Amem.

LEITURA II – Heb 12,5-7.11-13

Irmãos:
Já esquecestes a exortação que vos é dirigida,
como a filhos que sois:
«Meu filho, não desprezes a correção do Senhor,
nem desanimes quando Ele te repreende;
porque o Senhor corrige aquele que ama
e castiga aquele que reconhece como filho».
É para vossa correção que sofreis.
Deus trata-vos como filhos.
Qual é o filho a quem o pai não corrige?
Nenhuma correção, quando se recebe,
é considerada como motivo de alegria, mas de tristeza.
Mais tarde, porém,
dá àqueles que assim foram exercitados
um fruto de paz e de justiça.
Por isso, levantai as vossas mãos fatigadas
e os vossos joelhos vacilantes
e dirigi os vossos passos por caminhos direitos,
para que o coxo não se extravie,
mas antes seja curado.