Leitura da 2ª Epístola de São Paulo aos Coríntios (2 Cor 4, 6-11)
Ideia principal: Sábado para os judeus, domingo para os cristãos, fazendo memória da do repouso de Deus após do labor da criação… não será em defesa dos pequenos que surgir do descanso semanal?
– Ao retomarmos, neste “Ano B”, os domingos do Tempo Comum, voltamos à 2ª Carta de São Paulo aos Coríntios. Recordemos que na comunidade cristã de Corinto se tinha formado uma espécie de “partido da oposição” que acusava o Apóstolo de ser duro e intolerante; de escrever bem, mas de não saber falar… e a pior de todas as acusações: ensinava um Evangelho diferente do dos outros apóstolos. Havia até os que insinuavam não ser ele apóstolo, pois não tinha qualquer “credencial” para pregar o Evangelho.
– Na verdade, Paulo recusara-se a apresentar qualquer “credencial” ou “carta de recomendação” da sua comunidade de origem, pois a “credencial” que tinha era a própria comunidade de Corinto, formada a partir da pregação do Apóstolo nos dois anos que viveu na cidade. Prova irrefutável da eficácia da sua pregação!
– Uma vez que ninguém aparece em sua defesa, Paulo faz, ele próprio, a sua apologia, uma espécie de defesa do seu ministério apostólico. Sente-se um frágil vaso de barro: sabe que é fraco, reconhece os seus defeitos e limites humanos. Mas Deus depositou-lhe nas mãos um grande tesouro… assim foi porque Ele sabe que Paulo não é dos que se deixam seduzir pelo esplendor do vaso e descuram o seu conteúdo…
Rezar a Palavra e contemplar o Mistério
Ó Deus, bendito sejas pelos ensinamentos de Paulo! Corajoso, não se deixa ficar… acusam-no mas ele defende-se, não por ele, mas por Ti o escolheu e pelo ministério que lhe confiaste. Gostaria de o imitar na bravura, e, ainda mais porque sempre procurou não se anunciar a si mesmo, mas «a glória de Deus, que se reflete no rosto de Cristo». Obrigado, Meu Senhor! Sempre me socorres na minha fraqueza. Amem.
LEITURA II – 2 Coríntios 4,6-11
Irmãos:
Deus, que disse: «Das trevas brilhará a luz»
fez brilhar a luz em nossos corações,
para que se conheça em todo o seu esplendor
a glória de Deus, que se reflete no rosto de Cristo.
Nós trazemos em vasos de barro o tesouro do nosso ministério,
para que se reconheça que um poder tão sublime vem de Deus e não de nós.
Em tudo somos oprimidos, mas não esmagados;
andamos perplexos, mas não desesperados;
perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não aniquilados.
Levamos sempre e em toda a parte no nosso corpo os sofrimentos da morte de Jesus,
a fim de que se manifeste também no nosso corpo a vida de Jesus.
Porque, estando ainda vivos,
somos constantemente entregues à morte por causa de Jesus,
para que se manifeste também na nossa carne mortal a vida de Jesus.