Leitura da 2ª Epístola de São Paulo aos Coríntios (2 Cor 5, 6 -10)
Ideia principal: O cristão, enquanto habita neste corpo, vivendo como exilado, deve deixar-se conduzir por Deus, a fim de alcançar a vida plena e definitiva, a felicidade sem fim.
– Continuamos na primeira parte da Carta aos Coríntios (caps. 1 a 7), onde Paulo reflete sobre a grandeza e as dificuldades, os riscos e as compensações do ministério apostólico, que havia sido posto em causa por “missionários” chegados a Corinto pelos anos 56/57. Para os enfrentar, Paulo regressa a Corinto; o confronto é violento. Volta a Éfeso e envia Tito a Corinto. As notícias são boas: havia regressado a paz à comunidade. Então Paulo, também ele com o coração já pacificado, escreve esta Carta aos Coríntios.
– Paulo, já com idade avançada, começa a sentir-se cansado, tanto mais que o trabalho pastoral é exigente e marcado por grandes tribulações (cf. 2 Cor 4,7-12). É homem de fé, anima-o a certeza de que chegará o tempo “da visão“… Então, a vida caduca e transitória dará lugar a uma vida gloriosa e indestrutível.
– “Nós estamos sempre cheios de confiança” (v.6), assim se exprime Paulo, velho, cansado e no meio das muitas tribulações. A sua confiança é vista sob dois aspetos: agora vive como exilado no seu corpo, longe do Senhor, mas um dia habitará junto do Senhor; depois, porque embora saiba que um dia terá de comparecer perante o tribunal de Cristo, nada teme, pois sempre procurou em tudo agradar ao Senhor.
Rezar a Palavra e contemplar o Mistério
Senhor, a Palavra escutada recorda-me, que não tenho aqui morada permanente… o encontro conTigo, a Vida plena e definitiva, é o destino que tens preparado para mim desde toda a eternidade. Senhor, não permitas que, enquanto habito este corpo mortal, caia nos enganos deste mundo… A felicidade sem fim, no Céu, seja, aqui na terra, motivação para um compromisso sempre maior conTigo e com o Reino. Amem.
LEITURA II – 2 Coríntios 5, 6-10
Irmãos:
Nós estamos sempre cheios de confiança,
sabendo que, enquanto habitarmos neste corpo,
vivemos como exilados, longe do Senhor,
pois caminhamos à luz da fé e não da visão clara.
E com esta confiança, preferíamos exilar-nos do corpo,
para irmos habitar junto do Senhor.
Por isso nos empenhamos em ser-Lhe agradáveis,
quer continuemos a habitar no corpo,
quer tenhamos de sair dele.
Todos nós devemos comparecer perante o tribunal de Cristo,
para que receba cada qual o que tiver merecido,
enquanto esteve no corpo,
quer o bem, quer o mal.