Carissímos noivos,

Começo por me alegrar por estardes felizes. A proximidade da data da celebração do vosso Matrimónio faz crescer ainda mais a vossa felicidade. Rezo por vocês!

Organizar a Festa é, nesta altura, algo que vos ocupa muitíssimo. Ocupações agradáveis, umas, menos agradáveis outras, e, sobretudo muitas despesas. Mas é uma vez na vida!!!

Na Paróquia onde fizestes a preparação próxima do vosso casamento, já pagastes as taxas inerentes à organização do Processo. Caso tivésseis optado por celebrar o Matrimónio na igreja da Paróquia de um de vocês, a celebração propriamente dita estaria isenta de qualquer taxa. Claro: uma celebração mais solene – como os noivos merecem – implica sempre alguns extraordinários. Refiro-me ao organista, à passadeira, às flores, etc. Pequenos supérfluos que geralmente os noivos não dispensam em dia para eles tão importante.

Decidistes, porém, celebrar o Matrimónio numa outra igreja que não a da Paróquia nem do noivo nem da noiva. Escolhestes para a celebração do vosso matrimónio a Basílica dos Mártires, o que prova o vosso bom gosto… a Basílica dos Mártires é das mais belas igrejas de Lisboa. Além da sua beleza, remonta à conquista cristã da cidade, mandado erigir por D. Afonso Henriques para nela ser venerada a imagem de Nossa Senhora dos Mártires a quem o nosso primeiro monarca pediu proteção e auxílio na acesa disputa com os mouros. Nos combates desta vida, quanto não precisamos da proteção e do auxílio da Virgem Santíssima!

Hoje em dia, a Basílica dos Mártires partilha a sorte das 17 igrejas implantadas no centro histórico de Lisboa: não tem paroquianos próprios e tem despesas elevadíssimas de conservação e manutenção. É justo que aos noivos que não residem na Paróquia cobremos uma taxa de utilização do espaço sagrado para a celebração do Matrimónio, a partir de agora indexada ao valor do salário mínimo nacional (SM): 1/3 do SM, quando o casamento é celebrado sem Missa, mais um 1/3 desta importância quando a celebração do matrimónio se celebra dentro da Missa. Por certo, uma gota de água no oceano das despesas que ireis fazer…

A referida taxa engloba o cumprimento de algumas tarefas burocráticas: lavrar o assento de casamento e recolher as assinaturas em Livro próprio, enviar a cópia deste para a Conservatória do Registo Civil que emitiu o Certificado para Casamento e, ainda, comunicar o vosso casamento às Paróquias onde fostes baptizados a fim de ser averbado à margem do assento de Baptismo.

Peço-vos que entregueis nos serviços paroquiais até 15 dias antes da data marcada para o casamento os seguintes documentos:

  • Certificado para casamento, que vos foi entregue na Conservatória do Registo Civil;
  • Certificado Matrimonial de nada obsta e os verbetes que recebestes na Paróquia que organizou o processo do vosso casamento.
  • Identificação das testemunhas (preenchimento do impresso que vos foi entregue quando marcastes o casamento);

Questões relacionadas com as flores e outros elementos decorativos, como a passadeira, terão de ser combinados com quem estiver no Acolhimento da Basílica, sendo que facilita a escolha dos profissionais com quem habitualmente trabalhamos. Organista e grupo coral, se tiverdes gosto nisso, podeis tratar com quem quiserdes, tendo em conta que no órgão histórico da Basílica tocam apenas os organistas autorizados pela organista titular da Basílica, Drª Maria Teresa Fonseca.

Pede a Deus que vos abençoe e abençoe o lar que ides constituir, o
Cónego Armando Duarte