XIII Domingo do Tempo Comum – Ano B

Leitura do Livro da Sabedoria (Sab 1, 13-15; 2,23-24)

Ideia principal: É o Deus da vida que nós confessamos, as suas maravilhas que nós proclamamos. “Deus criou o homem para ser incorruptível”!

– O Livro da Sabedoria, escrito em grego, foi composto pouco tempo antes da vinda de Jesus. A sua doutrina é exposta de forma serena e clara. Alguma vez Deus se regozija com a morte do homem? Não, “não foi Deus quem fez a morte”. Pelo contrário, Ele cria a vida e no-la dá, modelada à Sua imagem. Ele restaura a vida, quando esta está em perigo de se perder, como faz Jesus no Evangelho deste domingo (Mc 5, 21-43).

– Como pano de fundo do texto, temos a narrativa do Génesis, a queda dos nossos primeiros pais (Gn 3). Este mundo, exorcizado por obra da Misericórdia de Deus, não pode conter em si a origem do pecado nem da morte. Esta encontra-se “na serpente antiga, chamada Diabo e Satanás, que seduz toda a humanidade” (Apoc 12, 9), “assassino desde o princípio… mentiroso e pai da mentira” (Jo 8, 44).

– O Demónio – expressão mais suave utilizada na tradução litúrgica, em vez do termo grego Diabo – não é uma força oculta que não se possa ver nem encontrar… Não, anda por aí e deve combater-se com a força que vem de Jesus, o Senhor da vida, evitando assim que o Diabo tome conta da vida do homem, tornando-o incapaz de amar, semeando nele a semente das trevas, do ódio e do pecado, que leva à morte eterna.

Rezar a Palavra e contemplar o Mistério

Ó Deus, ensinas-me que há morrer e morrer… morre aquele que acaba a sua vida na terra, aquele para passar da escravidão à liberdade. Morrendo, passo para vida plena, no Teu repouso. Que eu não confunda esta morte com a que devo temer… A morte que o Diabo tenta semear no meu coração, o ódio, as trevas, o pecado! Ó Deus, que em Ti seja forte e alcance, após a morte, a vida reservada para os justos. Amem.

LEITURA I – Sab 1, 13-15; 2,23-24

Não foi Deus quem fez a morte, nem Ele Se alegra com a perdição dos vivos.
Pela criação deu o ser a todas as coisas, e o que nasce no mundo destina-se ao bem.
Em nada existe o veneno que mata, nem o poder da morte reina sobre a terra,
porque a justiça é imortal.
Deus criou o homem para ser incorruptível e fê-lo à imagem da sua própria natureza.
Foi pela inveja do demónio que a morte entrou no mundo, e experimentam-na aqueles que lhe pertencem.