XXII Domingo do Tempo Comum – Ano A

Leitura da Epístola de São Paulo aos Romanos (Rom 12, 1-2)

Ideia principal: O caminho para a vida verdadeira e plena, dom de Deus para os que n’Ele creem, percorre-se vivendo o amor na dimensão da cruz, isto é, do serviço e da entrega.

– Paulo, depois de apresentar a sua catequese sobre o projeto de salvação que Deus para todos os homens, que nos ocupou vários domingos, damos início à parte moral ou exortatória da epístola (caps 12 a 15) com este apelo: “Peço-vos […] que vos ofereçais a vós mesmos como vítima”. A vós mesmos, à letra, os vossos corpos, não como sendo uma entidade distinta da alma, mas no sentido da própria pessoa, na sua totalidade.

– Essa oferta será um “sacrifício vivo, santo e agradável a Deus”. As liturgias solenes do Templo foram substituídas por um modo novo de louvar a Deus: o sacrifício da própria vida, entregue com Cristo e oferecida pelos irmãos. Eis o culto lógico, racional, pessoal – o “culto espiritual”! É esta a diferença entre o culto formal, que não compromete o homem, e o culto cristão, o culto verdadeiro, que brota do coração!

– Para Paulo, na prática, em que consiste oferecer inteiramente a sua vida a Deus? Em primeiro lugar, em não se conformar com “este mundo”, não no sentido de viver alheado das realidades mundanas, mas em se deixar alienar pelo mundanismo ou mundanidade, expressões caras ao Papa Francisco; em segundo lugar, em renovar a mente de modo a saber discernir, a cada momento, os comportamentos que agradam a Deus.

Rezar a Palavra e contemplar o Mistério

Ó Deus, Tu queres a misericórdia e não o sacrifício! Tantas vezes o disseste pelos profetas, por Jesus e hoje no-lo recordas pelo apóstolo Paulo. Como devo responder a tudo aquilo que de Ti recebo, Senhor? Perdão, meu Deus, perdão, pelo meu formalismo e pelo vazio dos meus rituais! Pela renovação espiritual da minha mente se torne a minha vida um culto agradável: louvor a Deus e serviço aos irmãos. Amem.

LEITURA II – Rom 12, 1-2

Peço-vos, irmãos, pela misericórdia de Deus,
que vos ofereçais a vós mesmos
como vítima santa, viva, agradável a Deus,
como culto racional.
Não vos conformeis com este mundo,
mas transformai-vos,
pela renovação espiritual da vossa mente,
para saberdes discernir, segundo a vontade de Deus,
o que é bom,
o que Lhe é agradável,
o que é perfeito.