XXIII Domingo do Tempo Comum – Ano A

Leitura da Epístola de São Paulo aos Romanos (Rom 13, 8-10)

Ideia principal: Ninguém pode ficar indiferente diante daquilo que ameaça a vida e a felicidade de um irmão; todos somos responsáveis uns pelos outros.

– Como devem os cristãos relacionar-se com as Instituições do Império? Como tratar Nero, o imperador, prepotente e excêntrico? Que dizer do modo pouco cordial como os cristãos de origem pagã, que não foram expulsos da cidade, estavam a acolher os cristãos de origem judaica que, com todos os judeus, tinham sido expulsos de Roma pelo o imperador Cláudio, e agora, nos anos 57/58, estavam de regresso?

– Paulo enuncia um princípio geral aplicável a todas as situações em que estão em causa as relações enre pessoas: “Amarás ao próximo como a ti mesmo” Trata-se de uma citação de Lv 19, 18, a que também se refere Mt 19,19; Gal 5,14; Tg 2,8. Todos os outros preceitos derivam deste. Quem procura fazer sempre e só o bem ao irmão, cumpre os mandamentos, pois a caridade é o resumo da Lei e o seu pleno cumprimento.

– O amor ao próximo é apresentado por São Paulo como uma dívida que, ao contrário das outras dívidas, nunca está paga… em cada instante é preciso amar e amar sempre mais. O cristão nunca poderá cruzar os braços e dizer que já ama o suficiente ou que já amou tudo: ele tem uma dívida eterna de amor para com os seus irmãos. Até dar a vida pelos irmãos, não ama como Cristo nos amou (cf, Jo 13,14)

Rezar a Palavra e contemplar o Mistério

Senhor Jesus, que na Última Ceia proclamaste o Mandamento Novo: “Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei”! Não é mais um, mas o Teu “mandamento”. Paulo no-lo recorda, e a mim fez-me cair na conta de quanto me perco em questões secundárias: ritos da liturgia, normas canónicas, problemas de organização… Senhor, quero amar ao Teu jeito, sem cálculos nem limite! Ajuda-me, Ó Jesus! Amem.

LEITURA II – Rom 13, 8-10

Irmãos:
Não devais a ninguém coisa alguma,
a não ser o amor de uns para com os outros,
pois, quem ama o próximo, cumpre a lei.
De facto, os mandamentos que dizem:
«Não cometerás adultério, não matarás,
não furtarás, não cobiçarás»,
e todos os outros mandamentos,
resumem-se nestas palavras:
«Amarás ao próximo como a ti mesmo».
A caridade não faz mal ao próximo.
A caridade é o pleno cumprimento da lei.