Domingo XXXIII do Tempo Comum – Ano C

Leitura da Segunda Epístola do apóstolo São Paulo aos Tessalonicenses (2 Tes 3,7-12)

Ideia principal: Até à segunda vinda de Jesus, nada de preguiça… devemos vencer o comodismo e trabalhar procurando antecipar aqui e agora as promessas que esperamos para o reino futuro.

– Em cada ano, no final do ciclo litúrgico – já no próximo domingo, com a solenidade de Cristo-Rei – a liturgia convida-nos a refletir nas realidades últimas: a meta final para onde Deus nos conduz é o novo céu e a nova, a vida definitiva. O tema, não raro descamba em especulações e fantasias que nada têm a ver com a realidade… aconteceu com alguns tessalonicenses, o que levou São Paulo a ter de intervir energicamente.

– O trecho que lemos há dois domingos (2ª Tes 1, 11-2,2) referia os perturbadores que, introduzindo-se na comunidade, usando até o nome de Paulo, estabeleceram a confusão, garantindo que segunda vinda de Cristo (parusia) estava iminente; alguns deixaram o seu trabalho, passando a levar uma vida ociosa, dedicados a vãs curiosidades (3,11). São Paulo previne-os: “não vos deixeis abalar… nem alarmar” (2,1).

– Na leitura de hoje, o apóstolo exorta aqueles lunáticos preguiçosos a trabalhar tranquilamente, usando aquela sensata sentença: “se alguém já não quer trabalhar, então também deixe de comer (3,10). Apresenta-se a ele próprio como exemplo, pois nunca escolheu a ociosidade, nem viveu à custa de quem quer que fosse: “trabalhámos noite e dia com esforço e fadiga, para não sermos pesados a nenhum de vós” (3, 8).

Rezar a Palavra e contemplar o Mistério

Jesus, Verbo eterno feito carne! Através de Paulo, chamas a nossa atenção para algo fundamental: a harmonia da vida comunitária não é compatível com a existência, no seu seio, de parasitas, de lunáticos preguiçosos, de alienados por uma falsa piedade que desresponsabiliza e leva a viver de ilusões… Jesus dos gestos concretos, ensina-me a pôr ao serviço de todos os talentos que recebi do Pai bondoso. Amem.

LEITURA II – 2 Tes 3, 7-12

Irmãos: Vós sabeis como deveis imitar-nos,
pois não vivemos entre vós desordenadamente,
nem comemos de graça o pão de ninguém.
Trabalhámos dia e noite, com esforço e fadiga,
para não sermos pesados a nenhum de vós.
Não é que não tivéssemos esse direito,
mas quisemos ser para vós exemplo a imitar.
Quando ainda estávamos convosco,
já vos dávamos esta ordem:
quem não quer trabalhar, também não deve comer.
Ouvimos dizer que alguns de vós vivem na ociosidade,
sem fazerem trabalho algum,
mas ocupados em futilidades.
A esses ordenamos e recomendamos,
em nome do Senhor Jesus Cristo,
que trabalhem tranquilamente,
para ganharem o pão que comem.