Domingo VI da Páscoa
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João (Jo 14, 15-21)
Ideia principal: A Igreja: nasce de Jesus para continuar o “caminho” de Jesus, testemunhando ao mundo a misericórdia e o amor do Deus de todas as consolações.
– Naquela noite de Quinta-Feira, na véspera da Sua morte, durante a “ceia”, Jesus despediu-Se dos discípulos. Fala-lhes do caminho que percorreu e continuará a percorrer até à Sua entrega; e convida-os a seguir o mesmo caminho de entrega a Deus e aos irmãos. Os discípulos estão inquietos… Como, se Jesus não caminhar a seu lado? Como poderão manter a comunhão com Jesus e a força para viver ao Seu “jeito”?
– Jesus vai para o Pai, mas garante aos discípulos que continuará, no mundo, a fazer caminho com eles. Como, de que forma? Fala no envio do “Paráclito”… A palavra grega “paráklêtos”, significa “advogado”, “consolador”, “defensor”. Mas a palavra aramaica “paráklita” significa “intérprete”: Aquele que traduz Deus para nós e que nos traduz para Deus, ou seja, faz a ponte entre nós, uns com os outros e com Deus.
– O Pai «vos dará outro Defensor»… O primeiro enviado do Pai é Jesus; o “outro”, é o Espírito Santo. O Filho foi enviado pelo Pai, primeiro, sem intermediários… O envio do Paráclito é anunciado, mas ainda vai realizar-se… mediante a intervenção do Filho. Para quando isso acontecer – e já aconteceu, a promessa foi cumprida! – ensinar, recordar e… consolar!, transmitindo aos discípulos a vida de Jesus Ressuscitado.
Rezar a Palavra e contemplar o Mistério
Pai, dou-Te graças por Jesus que está em Ti e vive em mim e todos os que O acolhem. Pai, bendigo-Te pelo Espírito Santo, Defensor e Consolador, fonte permanente de comunicação, compreensão e comunhão. Vem Espírito Santo, Luz que ilumina e não engana! Preciso tanto de Ti para poder ver na escuridão e para caminhar com segurança nestas calçadas escorregadias por onde ando! Vem, Espírito Santo! Amem.
EVANGELHO – Jo 14,15-21
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
«Se Me amardes, guardareis os meus mandamentos.
E Eu pedirei ao Pai, que vos dará outro Defensor,
para estar sempre convosco:
o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber,
porque não O vê nem O conhece,
mas que vós conheceis,
porque habita convosco e está em vós.
Não vos deixarei órfãos: voltarei para junto de vós.
Daqui a pouco o mundo já não Me verá,
mas vós ver Me eis, porque Eu vivo e vós vivereis.
Nesse dia reconhecereis que Eu estou no Pai
e que vós estais em Mim e Eu em vós.
Se alguém aceita os meus mandamentos e os cumpre,
esse realmente Me ama.
E quem Me ama será amado por meu Pai
e Eu amá-lo-ei e manifestar-Me-ei a ele».