Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus (Mt 25, 1-13)
Ideia principal: É preciso aproveitar o tempo que nos é dado e estar prontos, preparados e operosos para o acolher o Senhor que vem.
– Os capítulos 24 e 25 de Mateus integram um quinto e último discurso de Jesus, o chamado “discurso escatológico”. O catequista Mateus lembra que a segunda vinda do Senhor está no horizonte final da história humana; no entretanto, os crentes devem “estar vigilantes, à espera do Senhor que vem”, coerentes na fé, fiéis aos ensinamentos do Mestre e comprometidos com a construção do Reino.
– Na “parábola das dez virgens”, o Reino de Deus é comparado a um banquete de casamento. As dez virgens- as amigas da noiva – representam a totalidade do Povo de Deus que espera ansiosamente a chegada do Messias (o noivo)… Quando o Messias chega, uma parte desse Povo está preparada e pode entrar na comunidade do Reino; outra parte não está preparada e não pode entrar na comunidade do Reino.
– Ter azeite de reserva, isto é, “estar preparado”, não significa ter a “alminha” limpa e sem mancha, sem pecados por confessar… A pequena reserva de azeite é a medida exacta do amor que nunca se apaga, vivendo cada dia, de forma comprometida e entusiasta, o nosso compromisso baptismal. “Estar preparado”, é fazer da nossa vida um dom aos irmãos, no serviço, na partilha, no amor, ao jeito de Jesus.
Rezar a Palavra e contemplar o Mistério
Senhor, eu te peço: não me deixes soçobrar na noite da fé! Mantém no meu coração o combustível suficiente para que não caia na mediocridade, na leviandade, na tibieza! Dá-me, Senhor, a Tua Sabedoria sempre diligente, para que também eu seja diligente no serviço dos irmãos. Ensina-me a bem contar os meus dias, a vivê-los com o entusiasmo de um encontro nupcial! Vem, Senhor Jesus! Amem.
EVANGELHO – Mt 25, 1-13
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola:
«O reino dos Céus pode comparar-se a dez virgens,
que, tomando as suas lâmpadas, foram a o encontro do esposo.
Cinco eram insensatas e cinco eram prudentes. As insensatas, ao tomarem
as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo, enquanto as prudentes,
com as lâmpadas, levaram azeite nas almotolias.
Como o esposo se demorava, começaram todas a dormitar e adormeceram.
No meio da noite ouviu-se um brado: ‘Aí vem o esposo; ide ao seu encontro’.
Então, as virgens levantaram-se todas e começaram a preparar as lâmpadas.
As insensatas disseram às prudentes: ‘Dai-nos do vosso azeite, que as nossas
lâmpadas estão a apagar-se’. Mas as prudentes responderam:
‘Talvez não chegue para nós e para vós. Ide antes comprá-lo aos vendedores’.
Mas, enquanto foram comprá-lo, chegou o esposo.
As que estavam preparadas entraram com ele para o banquete nupcial;
e a porta fechou-se. Mais tarde, chegaram também as outras virgens e disseram:
‘Senhor, senhor, abre-nos a porta’. Mas ele respondeu:
‘Em verdade vos digo: Não vos conheço’.
Portanto, vigiai, porque não sabeis o dia nem a hora.