Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos (Mc 13, 33-37)
Ideia principal: A palavra chave do Advento é “Vigilância”: o verdadeiro discípulo faz deste tempo de espera, um tempo de compromisso activo e efectivo com a construção do Reino.
– O verbo “vigiar”, nos 5 versículos do Evangelho, é sucessivamente retomado: “Tomai cuidado, vigiai!”; “Ordenou ao porteiro que vigiasse”; “Vigiai, pois!”; “Digo a todos: vigiai!”. Jesus ilustra o ensinamento, com uma breve parábola. Os destinatários são Pedro, André, Tiago e João, os primeiros discípulos no Evangelho de Marcos, que se tornam representantes de todos os futuros discípulos: “Digo a todos: vigiai!
– O “dono da casa” da parábola, é Jesus! Voltou para junto do Pai, mas há-de vir consumar a Sua obra. Os “servos”, a quem deu ”plenos poderes” têm a missão de construir um mundo que seja antecipação do “Reino”. O “porteiro”, são aqueles de entre os “servos do Senhor” a quem é confiada uma especial responsabilidade: manter todos numa espera activa, na fidelidade a Jesus e às Suas propostas.
– As “trevas” e a “incerteza da hora”, lembram a imagem do ladrão, usada quer por Mateus, quer por Lucas, mas que Marcos prefere não usar: chega sem se fazer anunciar e tem sucesso quando apanha as suas vítima desprevenidas. O cristão vigia quando não se deixa alienar por propostas enganosas, quando luta contra a mentira, o egoísmo, a injustiça e tudo aquilo que retarda o advento do “Reino” que espera.
Rezar a Palavra e contemplar o Mistério
Senhor Jesus, também este ano, no início do Advento, me exortas à vigilância neste tempo de espera! Tu que me exortas, concede-me também, ó Jesus, a graça de saber vigiar como um verdadeiro discípulo, cumprindo com coragem e determinação a missão que me confiaste. Que saiba viver conforme as Tuas propostas, activo e comprometido na construção de um mundo de vida, de amor e de paz. Amem.
EVANGELHO – Mc 13, 33-37
Naquele tempo,
disse Jesus aos seus discípulos:
“Acautelai-vos e vigiai,
porque não sabeis quando chegará o momento.
Será como um homem que partiu de viagem:
ao deixar a sua casa, deu plenos poderes aos seus servos,
atribuindo a cada um a sua tarefa,
e mandou ao porteiro que vigiasse.
Vigiai, portanto,
visto que não sabeis quando virá o dono da casa:
se à tarde, se à meia-noite,
se ao cantar do galo, se de manhãzinha;
não se dê o caso que, vindo inesperadamente,
vos encontre a dormir.
O que vos digo a vós, digo-o a todos: Vigiai!”