Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas (Lc 2, 22-40)

Ideia principal: Como a família de Jesus – diz-nos a liturgia deste dia – as nossas famílias devem viver numa atenção constante aos desafios de Deus e às necessidades dos irmãos.

– Segundo a Lei, os primogénitos (dos homens e dos animais) pertenciam a Jahwéh e deviam- Lhe ser oferecidos. Sendo proibido o sacrifício de pessoas, os filhos primogénitos eram resgatados por um animal, imolado ao Senhor. Quarenta dias após o nascimento, criança era apresentada no Templo: a mãe oferecia um ritual de purificação pelo parto e imolava um cordeiro; se a família era pobre, 2 pombas ou 2 rolas.

– Comenta o Papa Francisco: «Na esplanada do Templo, Jesus, Maria e José, aquela pequena Família, não passa desapercebida… Dois idosos, Simeão e Ana, movidos pelo Espírito Santo, aproximam-se e começam a louvar a Deus por aquele Menino […]. Quem provoca o encontro daqueles jovens esposos com os dois idosos? Jesus! Jesus aproxima as gerações. É a fonte daquele amor que une as famílias e as pessoas».

– «A mensagem que provém da Sagrada Família é, antes de tudo, uma mensagem de fé. Na vida familiar de Maria e José, Deus está verdadeiramente no centro, na Pessoa de Jesus. […] Jesus, Maria e José são um ícone familiar simples mas muito luminosos. Aluz que irradia é luz de misericórdia e de salvação para a família humana e para cada família!».

Rezar a Palavra e contemplar o Mistério

Senhor, dou-Te graças porque quiseste nascer de uma família humana que é para toda a família humana uma inspiração e uma motivação para construir famílias santas, imbuídas de confiança em Ti e peregrinas de um amor que centra em Ti a sua concretização. Pai de bondade e de amor que cuidas sempre dos Teus filhos e filhas, faz abençoa as famílias do mundo inteiro! Amem.

EVANGELHO – Lc 2, 22-40

Ao chegarem os dias da purificação, segundo a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, para O apresentarem ao Senhor, como está escrito na Lei do Senhor: «Todo o filho primogénito varão será consagrado ao Senhor», e para oferecerem em sacrifício um par de rolas ou duas pombinhas, como se diz na Lei do Senhor. Vivia em Jerusalém um homem chamado Simeão, homem justo e piedoso, que esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava nele. O Espírito Santo revelara-lhe que não morreria antes de ver o Messias do Senhor; e veio ao templo, movido pelo Espírito. Quando os pais de Jesus trouxeram o Menino para cumprirem as prescrições da Lei no que lhes dizia respeito, Simeão recebeu-O em seus braços e bendisse a Deus, exclamando: «Agora, Senhor, segundo a vossa palavra, deixareis ir em paz o vosso servo, porque os meus olhos viram a vossa salvação, que pusestes ao alcance de todos os povos: luz para se revelar às nações e glória de Israel, vosso povo». O pai e a mãe do Menino Jesus estavam admirados com o que d’Ele se dizia. Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua Mãe: «Este Menino foi estabelecido para que muitos caiam ou se levantem em Israel e para ser sinal de contradição; – e uma espada trespassará a tua alma – assim se revelarão os pensamentos de todos os corações». Havia também uma profetiza, Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada e tinha vivido casada sete anos após o tempo de donzela e viúva até aos oitenta e quatro. Não se afastava do templo, servindo a Deus noite e dia, com jejuns e orações. Estando presente na mesma ocasião, começou também a louvar a Deus e a falar acerca do Menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. Cumpridas todas as prescrições da Lei do Senhor, voltaram para a Galileia, para a sua cidade de Nazaré. Entretanto, o Menino crescia e tornava-Se robusto, enchendo-Se de sabedoria. E a graça de Deus estava com Ele.