Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João (Jo 3, 14-21)

Ideia principal: Deus ama-me, com um amor desmedido, infinito, impensável, impenetrável, indizível… um amor que vai até ao fim!

– O Evangelho de hoje é última parte da conversa entre Jesus e Nicodemos (cf. Jo 3,1-21), um membro do Sinédrio que se tornou discípulo de Jesus. O Mestre explica a Nicodemos que o “Filho do Homem” deve ser levantado – crucificado, exaltado, glorificado; para dar a Vida ao mundo; para iluminar os que n’Ele acreditarem. A Luz entronizada na cruz gloriosa, dá Vida verdadeira a quem para ela olhar e.. ver!

– Ver (=acreditar) o Filho do Homem levantado da terra é, por um lado, dar-se conta da violência e malvadez do nosso pecado, postas a descoberto naquele rosto desfigurado e naquelas chagas abertas; por outro lado, a contemplação da cruz faz-nos perceber o imenso e indizível amor de Deus que abraça os nossos pecados e os crucifica, oferecendo-nos assim a salvação.

– Nos últimos versículos, João constata que, não raro, os homens rejeitam a proposta de Deus e preferem a escravidão e as trevas, tudo o que impede o acesso à vida definitiva. Ao contrário, quem vive ao jeito de Jesus, escolhe a luz, e dá testemunho de Deus ao mundo. Ou seja: diante da oferta de Deus, o homem pode escolher a vida eterna, ou pode excluir-se da salvação. É o juízo a realizar-se aqui e agora! 

Rezar a Palavra e contemplar o Mistério

Pai, hoje, como Nicodemos, também eu vou ao encontro de Jesus: quero experimentar, no sacramento da Penitência, o amor com que me amas. No terreno estéril dos meus pecados, a madeira seca da Cruz já floresce! Ensina-me a acolher o Teu amor imenso, a amar a Luz, a alimentar-me da Verdade, a viver por Ti e a viver em Ti, ó Deus da minha alegria! Amem.

EVANGELHO: Jo 3, 14-21

Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos:
«Assim como Moisés elevou a serpente no deserto,
também o Filho do homem será elevado,
para que todo aquele que acredita n’Ele
não pereça, mas tenha a vida eterna.
Porque Deus não enviou o Filho ao mundo
para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele.
Quem acredita n’Ele não é condenado, mas quem não acredita
já está condenado, porque não acreditou em nome do Filho Unigénito de Deus.
E a causa da condenação é esta: a luz veio ao mundo e os homens amaram
mais as trevas do que a luz, porque eram más as suas obras.
Todo aquele que pratica más acções odeia a luz e não se aproxima dela,
para que as suas obras não sejam denunciadas. Mas quem pratica a verdade
aproxima-se da luz, para que as suas obras sejam manifestas, pois são feitas em Deus.