Domingo II da Páscoa ou da Divina Misericórdia – Ano B

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João (Jo 20,19-31)

Ideia principal: Jesus Vivo e Ressuscitado é o centro da comunidade cristã. E é na vida da comunidade (na sua liturgia e no seu testemunho) que os homens encontram as provas de que Jesus está vivo.

– Jesus Ressuscitado, nas duas Aparições aos Apóstolos reunidos no Cenáculo, saudou-os repetindo a saudação: “A paz esteja convosco”. A tradicional saudação judaica “shalom” torna-se uma coisa nova: comunicação daquela paz que só Jesus pode dar, porque é o fruto da Sua vitória radical sobre o mal.

– O Ressuscitado – que é o Crucificado de cujo lado trespassado saiu sangue e água, sinal dos sacramentos pascais do Baptismo e da Eucaristia – fez participar os Apóstolos dos dons messiânicos: o Espírito Santo e o perdão dos pecados. Na manhã do primeiro dia institui o sacramento da Penitência para o perdão dos pecados. A paz, o Espírito Santo, os sacramentos, o perdão dos pecados… Tudo nos fala da Divina Misericórdia que se celebra neste dia por decisão de São João Paulo II.

– Na segunda parte do Evangelho (vers. 24-29), encontramos a resposta para a pergunta: Como é que se chega à fé em Cristo ressuscitado? João responde: na comunidade dos crentes, lugar onde se manifesta e irradia o amor de Jesus. As dúvidas de Tomé desvanecem-se quando Tomé, no “dia do Senhor”, volta a estar com a sua comunidade e aí faz a experiência do Ressuscitado. 

Rezar a Palavra e contemplar o Mistério

Meu Senhor e meu Deus, eu creio, mas aumenta a minha fé! Em comunhão com os meus irmãos, quero acolher o dom da Paz que me ofereces; e tornar-me misericordioso pela divina Misericórdia que do Teu coração para todos jorra em abundância. Maria Santíssima, Mãe de Misericórdia, ensina-me alcançar o dom da Paz e a graça da Misericórdia! Amem.

EVANGELHO – Jo 20,19-31

Na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se encontravam, com medo dos judeus, veio Jesus, colocou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco». Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor. Jesus disse-lhes de novo: «A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós». Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhe-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes serão retidos». Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Disseram-lhe os outros discípulos: «Vimos o Senhor». Mas ele respondeu-lhes: «Se não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado, não acreditarei». Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez em casa, e Tomé com eles. Veio Jesus, estando as portas fechadas, apresentou-Se no meio deles e disse: «A paz esteja convosco». Depois disse a Tomé: «Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; aproxima a tua mão e mete-a no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente». Tomé respondeu-Lhe: «Meu Senhor e meu Deus!» Disse-lhe Jesus: «Porque Me viste acreditaste: felizes os que acreditam sem terem visto». Muitos outros milagres fez Jesus na presença dos seus discípulos, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para acreditardes que Jesus é o Messias, o Filho de Deus, e para que, acreditando, tenhais a vida em seu nome.