Evangelho do Livro dos Actos dos Apóstolos (Act 9, 26-31)

Ideia principal: Membros de Cristo e integrados numa família de irmãos, unidos por laços de amor e partilhando a mesma fé, é assim que daremos os frutos que de nós o Pai espera.

– O Evangelho de hoje é a alegoria da videira (Jo 15, 1-8); Jesus é a cepa; os seus discípulos, os ramos. Enxertados em Cristo pelo Baptismo, dão os bons frutos que o Pai deles espera; separados, vão secando, embora por algum tempo pareçam ainda ter vida. Temos, na 1ª Leitura o exemplo de Paulo: apesar das incompreensões e suspeitas, manteve-se unido a Cristo e à comunidade dos discípulos. Por isso deu fruto!

– Nos versículos que escutámos, Paulo chega a Jerusalém; é apresentado aos Apóstolos; prega em Jerusalém; sai de Jerusalém e vai para Tarso. Não são as circunstâncias que determinado, mas o mandato de Jesus! Pregava corajosamente o Nome de Jesus, em Jerusalém ou em qualquer outro lugar. Porém, depois de conhecer os Apóstolos e a Igreja-Mãe de Jerusalém, Jesus o envia para ser Apóstolo dos gentios.

– É Jesus o único indispensável para que haja fruto: “Sem Mim nada podeis fazer” (Jo 15,15). A Igreja deve ter presente que a paz e os frutos não dependem nem de técnicas, nem de truques, mas duma vida alicerçada na Palavra e no Espírito. Apesar das dificuldades por que passavam os cristãos, “a Igreja gozava de paz (…) edificando-se e vivendo no temor do Senhor e ia crescendo com a assistência do Espírito Santo”.

Rezar a Palavra e contemplar o Mistério

Jesus, dou-Te graças pelo testemunho de Paulo! Faz, Senhor, que a exemplo do Apóstolo dos gentios, a vida sobrenatural que recebi no Baptismo preencha, em permanência, todo o meu ser. Que jamais me separe de Ti! Envia do céu a chuva da Tua Graça para que o ramo que eu sou, reverdeça e seja forte. E, quando a ramagem for muita, poda-me, Senhor, cortando todas as gavinhas inúteis com a tesoura da Palavra. Amem.

LEITURA I – Act 9,26-31

Naqueles dias,
Saulo chegou a Jerusalém e procurava juntar-se aos discípulos.
Mas todos o temiam, por não acreditarem que fosse discípulo.
Então, Barnabé tomou-o consigo, levou-o aos Apóstolos
e contou-lhes como Saulo, no caminho,
tinha visto o Senhor, que lhe tinha falado,
e como em Damasco tinha pregado com firmeza em nome de Jesus.
A partir desse dia, Saulo ficou com eles em Jerusalém
e falava com firmeza no nome do Senhor.
Conversava e discutia também com os helenistas,
mas estes procuravam dar-lhe a morte.
Ao saberem disto, os irmãos levaram-no para Cesareia
e fizeram-no seguir para Tarso.
Entretanto, a Igreja gozava de paz
por toda a Judeia, Galileia e Samaria,
edificando-se e vivendo no temor do Senhor
e ia crescendo com a assistência do Espírito Santo.