Leitura do Primeiro Livro dos Reis (1 Re 17, 10-16)
Ideia principal: O culto agradável a Deus implica: a total disponibilidade para que se cumpra em nós a Sua vontade; e a doação da nossa vida para o serviço dos irmãos.
– Elias, cujo nome significa “o meu Deus é Jahwéh” profetisa no Reino do Norte durante o século IX a.C., nos reinados de Acab e de Ocozias (873-852 a.C.). O monoteísmo de Israel é posto em causa pela “concorrência de deuses estrangeiros, especialmente Baal. Fazendo jus ao programa de vida enunciado no seu nome, Elias, que ficou como o maior dos profetas, surge como o grande lutador pela causa de Jahwéh.
– O texto foi escolhido em função do Evangelho: Jesus, através do exemplo de uma mulher viúva e pobre, apresenta o verdadeiro culto que Deus espera dos Seus filhos. Viúva e pobre, tal como a viúva de Sarepta que, apesar de ser estrangeira, reparte com o profeta Elias os poucos alimentos que possui.
– O mundo confronta-nos com propostas de felicidade que, quase sempre, nos conduzem por caminhos de escravidão, de dependência, de desilusão. Ao contrário, quando repartimos aquilo que Deus coloca à nossa disposição, esses bens repartidos tornam-se fonte de vida e de bênção para nós e para todos. O culto em espírito e verdade passa pela libertação do acessório, a fim de centrarmos a nossa vida só em Deus, pois só Ele nos pode dar a vida plena e verdadeira.
Rezar a partir da Palavra
Deus não reclama alguma coisa; reclama tudo: o coração todo, a alma toda, a confiança toda, as forças todas! A viúva de Sarepta deu tudo, disposta a dar até a sua própria vida. E nem a farinha se esgotou, nem o fiozinho deixou de correr da almotolia. Não é o meu muito ou o meu pouco que Tu exiges, Senhor… Queres-me todo, para me dares tudo. Que, na eucaristia, eu saiba oferecer-me com Cristo, ao Pai. Amem.
LEITURA I – 1 Re 17, 10-16
Naqueles dias, o profeta Elias pôs-se a caminho e foi a Sarepta.
Ao chegar às portas da cidade, encontrou uma viúva a apanhar lenha.
Chamou-a e disse-lhe: «Por favor, traz-me uma bilha de água para eu beber».
Quando ela ia a buscar a água, Elias chamou-a e disse:
«Por favor, traz-me também um pedaço de pão».
Mas ela respondeu:
«Tão certo como estar vivo o Senhor, teu Deus, eu não tenho pão cozido,
mas somente um punhado de farinha na panela e um pouco de azeite na almotolia.
Vim apanhar dois cavacos de lenha, a fim de preparar esse resto para mim e meu filho.
Depois comeremos e esperaremos a morte».
Elias disse-lhe: «Não temas; volta e faz como disseste. Mas primeiro coze um pãozinho e traz-mo aqui. Depois prepararás o resto para ti e teu filho. Porque assim fala o Senhor, Deus de Israel: ‘Não se esgotará a panela da farinha, nem se esvaziará a almotolia do azeite, até ao dia em que o Senhor mandar chuva sobre a face da terra’».
A mulher foi e fez como Elias lhe mandara; e comeram ele, ela e seu filho. Desde aquele dia, nem a panela da farinha se esgotou, nem se esvaziou a almotolia do azeite,
como o Senhor prometera pela boca de Elias.