Leitura da Primeira Epístola de São Pedro (1 Ped 3, 15-18)
Ideia principal: Cristo, que nos deixou a promessa “não vos deixarei órfãos” e fez da Sua vida um dom de amor a todos, deve ser o ânimo e o modelo dos cristãos e da Igreja.
– Esta 1ª Carta de Pedro tem-nos acompanhado nos últimos domingos… Já sabemos que se trata de um texto exortativo, enviado aos fiéis das comunidades cristãs estabelecidas em zonas rurais da Ásia Menor, pertencentes, na maioria, a classes menos favorecidas, e, por isso, mais vulneráveis às perseguições que se aproximam. Trata-se de uma bela lição sobre o modo como os cristãos devem enfrentar tamanha provação.
– Os cristãos não devem ficar surpreendidos com os tempos difíceis que são chamados a viver, como se isso fosse algo imprevisto… Jesus não enganou ninguém! Como se devem comportar com quem os persegue de forma violenta ou, simplesmente, troça e ridiculariza a sua fé? Antes do mais devem alimentar a certeza da presença do Senhor. É Ele, na pessoa dos Seus discípulos, que os inimigos odeiam e querem destruir.
– Deste reconhecimento da presença e soberania de Cristo nos corações, brota a confiança e a esperança que os anima na perseguição. Devem estar sempre dispostos a apresentar as razões da sua fé e da sua esperança, sem agressividade, com delicadeza, com modéstia e com respeito pelos outros. Mesmo diante do ódio e da hostilidade dos perseguidores, devem sempre preferir antes fazer o bem do que fazer o mal.
Rezar a Palavra e contemplar o Mistério
Jesus, que deste a vida também pelos pecadores e pelos injustos… Tenho diante dos olhos o Teu exemplo! Mas ainda me pergunto: “O amor ser o caminho para a vida plena não será uma desculpa dos fracos? A resposta verdadeira vem-me hoje da Palavra: Sim, é possível “dar o braço a torcer” e triunfar… Cristo, que morreu pelos injustos, voltou à vida pelo Espírito. Senhor, ajuda-me a fazer da vida um dom! Amem.
LEITURA II – 1 Ped 3, 15-18
Caríssimos:
Venerai Cristo Senhor em vossos corações,
prontos sempre a responder, a quem quer que seja,
sobre a razão da vossa esperança.
Mas seja com brandura e respeito,
conservando uma boa consciência,
para que, naquilo mesmo em que fordes caluniados,
sejam confundidos os que dizem mal
do vosso bom procedimento em Cristo.
Mais vale padecer por fazer o bem,
se for essa a vontade de Deus,
do que por fazer o mal.
Na verdade, Cristo morreu uma só vez pelos nossos pecados
o Justo pelos injustos
para nos conduzir a Deus.
Morreu segundo a carne, mas voltou à vida pelo Espírito.