Leitura do Livro de Isaías (Is 25, 6-10a)
Ideia principal: Um dia Deus, na Sua própria casa, vai oferecer um “banquete” a todos os Povos. Os que acolherem o convite e nele participarem no, experimentarão a felicidade total, a vida em abundância.
– A 1º leitura da missa deste domingo é extraída do chamado Grande Apocalipse de Isaías (caps 24 a 27), um conjunto de oráculos escatológicos. Serão da autoria do 1º Isaías, a quem são atribuídos os capítulos 1 a 39? Há quem o defenda, situando-os no final da vida do Profeta (séc. VIII a.C.) quando, desiludido com a política e os reis de Judá, começa a sonhar com tempos novos de felicidade e de paz para o Povo de Deus. Porém, é bem mais provável, e isso defendem muitos biblistas, que o Grande Apocalipse seja posterior ao exílio de Babilónia (séc. V a. C.), pois refere a superação da morte, das lágrimas e da vergonha.
– Trata-se de um banquete “para todos os povos”. A tradição sacerdotal fala já, no episódio de Noé, de uma “aliança eterna” que ligará Jahwéh a todos os seres vivos (Gn 9,16). O Profeta tem-a presente no seu Apocalipse (cf Is 24,5). Este banquete tem lugar sobre o monte, isto, é, em Jerusalém. Para Isaías, a universalidade não é uma tolerância, a aceitação daquilo que os povos, dispersos pelo universo, fazem e acreditam… é antes o sonho da comunhão tornado realidade. Comunhão que não oprime nem sufoca: é libertação! Jahwéh “há de tirar o véu que cobria todos os povos, destruirá a morte para sempre” (v 7).
Rezar a Palavra e contemplar o Mistério
Ó Deus da Aliança, Tu nos convidas para a Festa da comunhão! Na escola de Nossa Senhora do Rosário, eu quero, com a Sua ajuda, preparar a veste para essa Festa, o banquete preparado no alto do Monte. Com serenidade, esperança e confiança, procuro tece-la com as linhas da justiça, do amor, da partilha… e adorná-la com os valores do Reino. Bendito sejas, ó Deus, que me convidas e me dás Maria por Mãe! Amem.
LEITURA I – Is 25,6-10a
Sobre este monte,
o Senhor do Universo há de preparar para todos os povos
um banquete de manjares suculentos,
um banquete de vinhos deliciosos:
comida de boa gordura, vinhos puríssimos.
Sobre este monte,
há de tirar o véu que cobria todos os povos,
o pano que envolvia todas as nações;
destruirá a morte para sempre.
O Senhor Deus enxugará as lágrimas de todas as faces
e fará desaparecer da terra inteira
o opróbrio que pesa sobre o seu povo.
Porque o Senhor falou.
Dir-se-á naquele dia:
«Eis o nosso Deus, de quem esperávamos a salvação;
é o Senhor, em quem pusemos a nossa confiança.
Alegremo-nos e rejubilemos, porque nos salvou.
A mão do Senhor pousará sobre este monte».