Leitura da Epístola aos Hebreus (Hebreus 5,1-6)
Ideia principal: Acordai vós que viveis instalados numa fé morna, sem exigência e sem compromisso! Confiai em Jesus, que compreende as vossas fraquezas, e segui-O sem hesitações… e alcançareis a vida!
– O texto lido como 2ª Leitura da missa (Heb 5, 1-6) é respigado da segunda parte da Carta aos Hebreus (cf. Heb 3,1-5,10), onde Jesus é apresentado como o sacerdote fiel e misericordioso que o Pai enviou ao mundo para mudar os corações dos homens e para os aproximar de Deus. Todo o sumo sacerdote, escolhido de entre os homens, é constituído em favor dos homens, nas suas relações com Deus, para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados (v.1): bela síntese do que é ser sacerdote! O trecho fixa-se na vocação divina, uma das características do sacerdócio (cf. Ex 28,1), também o sacerdócio de Jesus, embora seja de uma natureza superior… Ele é o Filho de Deus anunciado no Salmo 2: Tu és Meu Filho, Eu hoje Te gerei (v.7); n’Ele se cumpre a figura do Salmo 110 (109): Tu és sacerdote para sempre à maneira de Melquisedec (v. 4).
– Jesus tem estas duas características: não se atribui a Si próprio a glória de ser sumo sacerdote… o Pai lha confere, pois é o Filho gerado no amor de Deus, consagrado desde toda a eternidade; Jesus oferece o sacrifício da Sua própria obediência… como homem faz a experiência do sofrimento e da tentação e, por isso está em condições de Se compadecer dos nossos erros e ser solidário com os Seus irmãos.
Rezar a Palavra e contemplar o Mistério
Jesus, Deus com o Pai e Homem verdadeiro, em tudo solidário com os homens, exceto no pecado, és o perfeito mediador e intercessor, Tu derrubaste as barreiras que afastavam os homens de Deus. Jesus, sumo sacerdote, único e verdadeiro sacerdote, capaz de entender as minhas muitas fragilidades, alcança-me do Pai a compreensão e a misericórdia para os meus pecados e ajuda-me a caminhar ao Seu encontro. Amem.
LEITURA II – Hebreus 5,1-6
Todo o sumo sacerdote, escolhido de entre os homens,
é constituído em favor dos homens, nas suas relações com Deus,
para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados.
Ele pode ser compreensivo para com os ignorantes e os transviados,
porque também ele está revestido de fraqueza;
e, por isso, deve oferecer sacrifícios
pelos próprios pecados e pelos do seu povo.
Ninguém atribui a si próprio esta honra,
senão quem foi chamado por Deus, como Aarão.
Assim também, não foi Cristo que tomou para Si a glória
de Se tornar sumo sacerdote; deu-Lha Aquele que Lhe disse:
«Tu és meu Filho, Eu hoje Te gerei»,
e como disse ainda noutro lugar:
«Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedec».