31º Domingo do Tempo Comum – Ano B

Leitura da Epístola aos Hebreus (Hebreus 7,23-28)

Ideia principal: Quem ama vê a Deus; só o amor dá sentido à vida… a Palavra exorta-nos a abrir o coração ao amor na dimensão da Cruz: entregando-Se para nos salvar, Jesus ensina-nos em que consiste o amor!

– Na primeira parte do capítulo 7 da Carta, o autor apresenta a figura misteriosa de Melquisedec (vv. 1-3), e, em seguida, expõe, com diversos argumentos, a superioridade do seu sacerdócio sobre o sacerdócio levítico: os filhos de Levi, na pessoa do seu antepassado Abraão, pagaram-lhe o dízimo e receberam dele a bênção (vv. 4-10; cf. Gn 14,17-20). O sacerdócio novo de Cristo (na linha do sacerdócio de Melquisedec) é um sacerdócio perfeito e eterno que veio substituir o sacerdócio levítico e abolir a antiga Lei (vv. 11-28). Este foi fundado na a Lei de Moisés; o outro, o de Cristo, sobre uma solene promessa de Deus: “o Senhor jurou e não voltará atrás: Tu és sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedec” (Sl 110 (109),4).

– A comparação compreende: a duração – aquele é temporário, o de Cristo é eterno; a quantidade – os filhos de Levi são imensos, Cristo é o único; a eficácia – os levitas todos os dias, no culto ofereciam como vítimas muitos animais, enquanto Cristo é a vítima que Se oferece uma vez por todas. Cristo surge assim como o único e eficaz Mediador, santo e inocente… e realiza o essencial da nova e eterna Aliança: o amor. Este sacerdócio fundado no amor, é a garantia permanente do perdão e da reconciliação para todos nós!

Rezar a Palavra e contemplar o Mistério

Jesus, único e eterno sacerdote! Não nos remiste com o sangue de animais imolados, mas oferecendo a Tua própria vida; para cumprir o projeto de salvação de Deus a nosso respeito, Tu Te deste por inteiro até à última gota de sangue! ConTigo aprendi que o culto agradável a Deus é o acolhimento e a obediência, à Sua vontade, a oblação total da minha vida. Jesus, o que de Ti aprendi, eu o saiba pôr em prática. Amem.

LEITURA II – Hebreus 7,23-28

Os sacerdotes da antiga aliança sucederam-se em grande número,
porque a morte os impedia de durar sempre.
Mas Jesus, que permanece eternamente, possui um sacerdócio eterno.
Por isso pode salvar para sempre
aqueles que por seu intermédio se aproximam de Deus,
porque vive perpetuamente para interceder por eles.
Tal era, na verdade, o sumo sacerdote que nos convinha:
santo, inocente, sem mancha, separado dos pecadores e elevado acima dos céus,
que não tem necessidade, como os sumos sacerdotes,
de oferecer cada dia sacrifícios, primeiro pelos seus próprios pecados,
depois pelos pecados do povo, porque o fez de uma vez para sempre
quando Se ofereceu a Si mesmo.
A Lei constitui sumos sacerdotes homens revestidos de fraqueza,
mas a palavra do juramento, posterior à Lei,
estabeleceu o Filho sumo sacerdote perfeito para sempre.