Evangelho de NS Jesus Cristo segundo São Lucas (Lc 3, 10-18)

Ideia principal: Chamado domingo Gaudete, este terceiro domingo do advento convida-nos à alegria. Para que a alegria do cristão seja verdadeira, na sua vida deve testemunhar as marcas da vida nova.

– O Evangelho leva-nos ao encontro de João, o precursor de Jesus, que pelo ano 27 ou 28, aparece na margem oriental do Jordão, perto de Jericó, a pregar “um batismo de conversão para remissão dos pecados” (Lc 3,3). O “Batista” não deixa que os seus ouvintes se fiquem pelas boas intenções: exige frutos de sincera conversão (cf. Lc 3,8). Muitos entendem isso, mas querem orientações concretas: que devemos fazer?

O Papa Francisco exorta-nos, também a nós, a não ter medo de perguntar ao Senhor: o que devo fazer? E a repetir-Lhe frequentemente esta pergunta, formulando-a a um nível mais elevado do que aquele a que se situam os que interpelavam João Batista… o que devo fazer da minha vida? A que sou chamado? Assim, descobrindo quem és, poderás realizar esse sonho de Deus que é a tua vida e a vida de cada homem.

– Na 2ª parte do Evangelho, João anuncia o batismo “com o Espírito Santo e o fogo” (v.16). Podemos ver neste anúncio uma profecia do Batismo de Jesus, pelo qual nos é comunicada a vida de Deus e nos torna homens novos? O Batista, sem dúvida, reconhece o caráter transitório do batismo que administra. Lucas, vai mais longe… o anúncio do profeta João é profecia concretizada no Pentecostes (cf. At 2,1-41).

Rezar a Palavra e contemplar o Mistério

“Deus fiel, bendito sejas pela pregação do Batista que suscitou um forte desejo de conversão naqueles que com ele se encontraram nas margens do Jordão. Eu Te bendigo, Pai Santo, pelo batismo de Jesus que recebi. Como as multidões, os publicanos, os soldados perguntaram a João, hoje a Ti  pergunto: «Que queres que faça da minha vida?». Espírito Santo, purifica-me e guia-me neste Advento!”. Maranata! Amem.

EVANGELHO – Lucas 3,10-18

Naquele tempo,
as multidões perguntavam a João Baptista: «Que devemos fazer?»
Ele respondia-lhes: «Quem tiver duas túnicas reparta
com quem não tem nenhuma; e quem tiver mantimentos faça o mesmo».
Vieram também alguns publicanos para serem batizados
e disseram: «Mestre, que devemos fazer?»
João respondeu-lhes: «Não exijais nada além do que vos foi prescrito».
Perguntavam-lhe também os soldados: «E nós, que devemos fazer?»
Ele respondeu-lhes: «Não pratiqueis violência com ninguém
nem denuncieis injustamente; e contentai-vos com o vosso soldo».
Como o povo estava na expectativa e todos pensavam em seus corações
se João não seria o Messias, ele tomou a palavra e disse a todos:
«Eu batizo-vos com água, mas está a chegar quem é mais forte do que eu,
e eu não sou digno de desatar as correias das suas sandálias.
Ele batizar-vos-á com o Espírito Santo e com o fogo.
Tem na mão a pá para limpar a sua eira e recolherá o trigo no seu celeiro;
a palha, porém, queimá-la-á num fogo que não se apaga».
Assim, com estas e muitas outras exortações, João anunciava ao povo a Boa Nova».